30/03/2014

Reunião dos Coroinhas

Atenção

Reunião dos Coroinhas com o tema "Preparação à Semana santa" dia 30/03/2014 às 16:00 (em ponto) na comunidade São Gaspar Bertoni, Praia Grande.

Ps: Os coroinhas da comunidade que não comparecerem a reunião não terão função nas celebrações de Semana Santa.

Fiquem com Deus
                                                    Ass: Pedro   

A Importância da Semana Santa (parte 1)

   
   A semana santa é santa porque nela celebramos os momentos mais importantes da nossa salvação. São João resume desta forma: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele" (Jo 3, 16-17). E também: "Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou" (Jo 13,1). Com sua entrega por nós, Jesus santificou essa semana, e nós a santificamos com nosso compromisso cristão.
        Ao abraçar em seu coração humano o amor do Pai pelos homens, Jesus "amou-os até o fim" (Jo 13,1) "pois ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos que ama" (Jo 15,13).
        Assim, no sofrimento e na morte, sua humanidade se tornou o instrumento livre e perfeito de seu amor divino, que quer a salvação dos homens. Com efeito, aceitou livremente sua paixão e sua morte por amor de seu Pai e dos homens, que o Pai quis salvar: "ninguém me tira a vida, mas eu a dou livremente"(Jo 10,18).
        Daí a liberdade soberana do Filho de Deus quando ele mesmo vai ao encontro da morte.
        Os dias da semana santa oferecem uma oportunidade muito privilegiada para renovarmos nosso encontro pessoal e comunitário com a Pessoa de Jesus Cristo e experimentarmos a força e o ardor com que nos ama, a ponto de dar sua vida por nós na cruz.
        Deverá ser uma semana de intensa evangelização.
        A morte e a ressurreição de Jesus estão no centro do querigma (Paixão/ Morte/Ressurreição de Cristo Jesus) cristão, no centro do primeiro anúncio, que a igreja retomou vigorosamente na nova evangelização.
        Na oração, na meditação, na leitura orante do evangelho e na participação das cerimônias da semana santa, teremos oportunidade de encontrar-nos com Cristo vivo, fortalecer nossa adesão a ele e encher-nos do fogo do Espírito Santo para irmos em missão evangelizadora.
        Celebrar a Semana Santa para os Cristãos, é aprofundar as dimensões mais importantes da vida humana. é a ocasião privilegiada oferecida pela LITURGIA para a renovação de um COMPROMISSO com a vida, e com a fonte da vida, a única que tem força para superar a morte e os esmagamentos que pesa sobre o povo.
        A Semana Santa comemora a Paixão de Cristo, sua morte e ressurreição. O centro da Paixão de Cristo é a CRUZ, simbolo da fé e da redenção.
        Em que consiste a espiritualidade da Semana Santa?
        Na sociedade atual a Semana Santa vem perdendo o clima religioso popular.   Porém, sobrevivem manifestações de devoção centralizada na Paixão de Cristo. 
        O povo venera Cristo como o "homem das dores", o nazareno sofredor e moribundo, com ele vive a sua agonia enquanto povo de oprimidos e deserdados. Por esta razão que é a Sexta feira Santa, não o Domingo da Ressurreição, a festa cristã popular de maior importância na Semana Santa, para aqueles que não vivem plenamente o evangelho. Para estes a morte de Cristo é simbolo de todos o sofrimento.
        A identificação com o Crucificado leva o povo a plasmar em imagens, gestos, cantos e orações a sua espiritualidade pascal.
        O símbolo popular mais forte e comovedor da Semana Santa é a CRUZ. Eis a sua mística: "Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbidos. Vivemos em completa penúria. mas não desesperamos. Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados". (2Cor 4,8-9).

                                                                                        Continua...
       

Campanha da Fraternidade 2014

Estamos iniciando nossa Quaresma de 2014 e logo nos colocamos diante da temática da Campanha da Fraternidade, que vai nos fazer apelos de conversão pessoal, comunitária e social. “Fraternidade e Tráfico Humano” é o tema e a Carta de São Paulo aos Gálatas nos sugere o lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). A Campanha da Fraternidade é um convite para nos convertermos a Deus e irmos ao encontro dos irmãos mais necessitados e sofredores, sugerindo em cada ano um assunto que afeta diretamente a dignidade humana ou a vida em sentido geral.

Em 2014 ocupa-se com todos aqueles e aquelas que são enganados e usados para o tráfico humano, de trabalho, de órgãos e a prostituição. Normalmente o crime organizado está por detrás das diversas modalidades de tráfico humano. As pessoas, geralmente, são atraídas com falsas promessas de melhores condições de vida em outras cidades ou países e ali são cruelmente usadas e escravizadas, gerando fortunas para consciências inescrupulosas e vorazes. A maioria das pessoas traficadas vive em situação de pobreza e grande vulnerabilidade. Isso facilita o aliciamento com falsas promessas de vida melhor.
Por isso, o cartaz da CF retrata essa situação degradante com a figura de mãos acorrentadas e estendidas, com diferentes idades, gênero e cor, em estado de impotência. A mão que sustenta a corrente da escravidão é a força coercitiva de pessoas que dominam e exploram esse tráfico humano: “Essa situação rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano à imagem e semelhança de Deus” (CF 2014 – Explicação do cartaz – contracapa). Os cristãos não podem aceitar essa moderna forma de escravidão e desrespeito à dignidade humana. Por isso eles a tentam identificar, a denunciam e somam forças para evitá-la, rompendo as correntes, revigorando as pessoas dominadas por esse crime e apontando para a esperança de libertação: “Essa esperança se nutre da entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos: ‘É para a liberdade que Cristo nos libertou’” (Ibidem).
O Papa Francisco se referiu à prática do tráfico humano com palavras de veemente repúdio: “O tráfico de pessoas é uma atividade desprezível, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas”. O pontífice, em Lampedusa – Julho de 2013, ainda nos alertou para a globalização da indiferença, habituando-nos em relação ao sofrimento dos outros, não o considerando responsabilidade nossa: “Peçamos ao Senhor a graça de chorar pela nossa indiferença, de chorar pela crueldade que há no mundo, em nós, incluindo aqueles que, no anonimato, tomam decisões socioeconômicas que abrem a estrada a dramas como este” (Cf. Manual da CF – 2014, Apresentação, p. 8).
Sensibilizados com as palavras do Papa Francisco, assumamos mais uma vez o tema da Campanha da Fraternidade e rezemos para que nosso ser e agir sejam abençoados pelo Senhor, que deu sua vida para salvar a todos:
“Ó Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados. Fazei que experimentem a libertação da cruz e a ressurreição de Jesus.
Nós vos pedimos pelos que sofrem o flagelo do tráfico humano.
Convertei-nos pela força do vosso Espírito, e tornai-nos sensíveis às dores destes nossos irmãos.
Comprometidos na superação deste mal, vivamos como vossos filhos e filhas, na liberdade e na paz. Por Cristo nosso Senhor.
Amém!”.

Fonte:http://www.cnbb.org.br/artigos-dos-bispos-1/-1/13781-campanha-da-fraternidade-2014